Ciclo de Debates reflete sobre a autonomia

"Me larga! - Separa-se para crescer". Esse foi o tema do Ciclo de Debates, realizado no dia 19 de setembro, no auditório do Colégio Cruzeiro - Jacarepaguá.

O evento, organizado pela equipe de Orientação Educacional da unidade, teve como palestrantes as psicopedagogas e terapeutas de Família, Cinthia Peixoto Vieira e Danielle Goldsztajn, e reuniu responsáveis da Educação Infantil ao Ensino Médio.

O debate propôs uma reflexão a respeito do processo de construção da autonomia. Ao abordar tal reflexão, as palestrantes destacaram que a dimensão da separação é parte importante neste processo, pois viver a experiência de desligar-se, exige mobilizar dispositivos de crescimento. Na infância, vivemos inúmeras separações: do seio materno, da mamadeira, da chupeta, dos brinquedos e do contexto familiar para entrada no contexto escolar. A condição fundamental para lidar de forma saudável com as separações está na segurança proveniente da relação construída com a mãe nos primeiros meses de vida. Caso contrário, em vez de se abrir para outras experiências na conquista da autonomia, a criança pode se tornar insegura.

Segundo Danielle Goldsztajn, existe, no entanto, uma distinção entre estimular uma criança a fazer suas próprias escolhas e deixá-la mandar: "A demonstração de afeto e carinho na construção do limite não significa sempre dizer sim, mas, justamente, saber dizer não, que é o que vai gradativamente construindo a moral, a ética e a autonomia da criança".

"Na dinâmica familiar, pai e mãe precisam encontrar a medida necessária para atuar em determinados momentos. Não há uma fórmula mágica. É uma linha tênue que divide o que é amor excessivo e amor necessário, o que é abandono e autonomia. Portanto, diariamente, temos que fazer uma reflexão para saber o que vai representar este limite dentro de nossas casas. Regras claras são também doses diárias de amor. Toda criança ou jovem deve saber que existem coisas que podem ser negociadas e outras que são simplesmente não negociáveis", concluiu a Vice-Diretora Ana Paula Ramos.

Para encerrar o evento, as palestrantes citaram uma frase do Psicólogo francês Marcel Rufo: "Todos os pais do mundo deveriam sonhar que seu filho se torne um dia um navegador solitário, sinal de que desempenharam seu papel com benevolência e distância suficientes para ajudá-lo a encontrar o caminho da independência. Amar um filho é ajudá-lo a encontrar a autoestima necessária para que ele nos deixe assim que se sinta pronto para isso".

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