Seminário de professores discute
a neurociência aliada à educação

Pensamento, memória e aprendizagem. Esse foi o tema do Seminário de Professores "Criando fios... Tecendo novos caminhos", realizado no dia 7 novembro, no auditório Alexander von Humboldt, no Colégio Cruzeiro - Jacarepaguá.

Em sua terceira edição, o seminário reuniu professores da Educação Infantil ao Ensino Médio das duas unidades e teve como objetivo possibilitar a troca entre os profissionais sob a perspectiva das contribuições da Neurociência para a prática pedagógica.

"Quando pensamos no tema desse ano buscamos trazer algumas questões que nos fizessem não só pensar, mas também agir de forma diferente a partir dos conhecimentos e das experiências adquiridos aqui", explicou a Vice-Diretora Ana Paula Ramos.

O evento, organizado pela equipe pedagógica de Jacarepaguá, foi dividido em dois momentos, com teoria aliada à prática: a bióloga, neurobióloga, psicopedagoga e psicanalista, Marta Relvas, iniciou a manhã com uma palestra sobre a "Neurociência e as novas contribuições científicas para a aprendizagem e o comportamento nos espaços escolares". Em seguida, os 180 inscritos se dividiram em oficinas ministradas por professores da unidade.

"Esse trabalho está inserido na proposta da instituição de formação continuada dos professores e tem como objetivo promover a troca entre eles, enriquecendo o trabalho no dia a dia da sala de aula", definiu a Orientadora Lilian Guimarães, umas das organizadoras do evento, junto com as coordenadoras Dulce Alba e Rosane Modesto e com a orientadora Solange Monteiro.

Com mais de 35 anos de carreira, 5 livros publicados e Membro da Sociedade Brasileira de Neurociência e Comportamento, a pesquisadora Marta Relvas falou aos presentes sobre a Neurociência e suas contribuições à Aprendizagem Cognitiva e Emocional no Desenvolvimento Humano. "A Neurociência aplicada na Educação vem como um estudo a mais, e não como 'receita de bolo' ou uma 'panaceia' de todos os males da Educação para serem curados pela Neurociência. Não é uma teoria e nem tão pouco uma tendência pedagógica. É um estudo científico de como o cérebro pode aprender melhor", afirmou durante a palestra.

Nesse contexto, Marta destaca que a função do professor é potencializar os cérebros na sala de aula e para isso ele precisa ser um bom observador. "Seu olhar sobre o educando é indispensável para compreender a diversidade de estilos na hora de aprender. A função do educador é compreender e entender que os indivíduos são diferentes, tanto em suas capacidades quanto em suas motivações, interesses, ritmos evolutivos, situações ambientais. E a neurociência chega para nos dar um caminho nessa direção, para mostrar como podemos potencializar o outro".

Segundo a neurobióloga, "a melhor escola não é a escola conteudista e, sim, a que coloca o aluno frente ao pensar. E quando estamos frente ao pensar somos capazes de promover novas conexões neurais porque usamos a reflexão". Para Marta, o educador promove novas conexões neurais no cérebro de seus alunos, destaca ela, quando a sala de aula passa a ser um espaço de trocas e desafios, e não um auditório. "O professor tem que falar COM o outro e não PARA ele".

Durante a palestra, Marta também aproveitou para dar algumas dicas para aprimorar as aulas como: sistematize o conhecimento linguístico formal e não formal com o aluno; promova a criação com ou sem estímulos visuais; proponha atividade de criação com sons, intensidade e ritmo; promova atividades corporais usando a dança, música; possibilite a escuta dos sentimentos e outros estados mentais de si mesmo e do outro; reconheça que a aula não precisa ser realizada somente dentro da sala convencional; permita que o aluno pense e provoque a reflexão.

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Oficinas



Na segunda parte do Seminário, os professores se dividiram em seis oficinas previamente selecionadas por uma comissão. O objetivo era apresentar atividades que concretizassem a aplicação desses conhecimentos nas ações escolares. As oficinas destacaram funções cognitivas como memória, atenção, linguagem, percepção e funções executivas.
Confira cada uma delas:

- Arte, imaginário e loucura: dialogando com a "obra-vida" de Arthur Bispo do Rosário - ministrado pela professora de Arte Luciene Ferreira, o trabalho teve como objetivo aprimorar, por meio do contato, observação e fruição das obras de Arthur Bispo do Rosario no espaço do Museu e através da sua história na Colônia Juliano Moreira, o olhar reflexivo, o reconhecimento, a análise crítica, as relações interpessoais e o respeito às diferenças, relacionando-os, mesmo que inconscientemente, às experiências e vivências do próprio educando, favorecendo o seu potencial criativo e, assim, dando sentido à sua produção artística.

- Xadrez escolar: muito além do tabuleiro - ministrada pela Professora Fatima Bispo a oficina teve como foco a estimulação do aspecto cognitivo e a formação do sujeito, utilizando o ensino e a prática de atividades enxadrísticas.

- Funções Mentais e Resolução de Problemas: matemática ou vida real? - sob orientação das professoras Andreia Mascarenhas, Claudia Mendes e Marilene Scofano, o trabalho apresentou uma proposta de introdução e realização de situações-problema no ensino da Matemática.

- Psicomotricidade: sensações, percepções, memória e aprendizagem - orientada pelas professoras Ana Cláudia Gonçalves Cunha e Bruna Oliveira Muniz, a atividade teve como objetivo integrar as funções cognitivas, favorecendo a aprendizagem através de vivências psicomotoras.

- Projeto querer, tecer, saber: ações e reflexões interdisciplinares e de autogestão na escola básica - sob condução da Professora Patrícia dos Santos Correa, a oficina procurou relacionar teorias e práticas em educação, com a finalidade de propor uma prática educativa que aliasse a atividade docente aos desafios encontrados na sala de aula atual.

- Prática Pedagógica e Ensino de Matemática: relato de experiência com alunos do 2º ano do Ensino Fundamental - ministrada professoras Ana Cristina Elia, Gislla Carapia e Vera Lúcia Aragão, a oficina apresentou relatos da prática pedagógica com alunos do 2º ano do Ensino Fundamental I, utilizando material de contagem para desenvolver o conceito da centena.

- Prezi, muito mais que um aplicativo de apresentação - orientada pelo Professor Vicente Nunes, a oficina buscou ensinar os participantes, de forma prática, a utilizar esse aplicativo e discutir as possibilidades pedagógicas do seu uso no dia a dia acadêmico.

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