Café Literário aborda tema "Comunicação Não Violenta"

A Comunicação Não Violenta - CNV foi o tema do Café Literário que aconteceu no dia 27 de setembro, no auditório do Colégio Cruzeiro - Jacarepaguá. O evento, organizado pela equipe de Orientação Educacional da unidade, reuniu responsáveis pelos alunos da Educação Infantil ao Ensino Médio e teve como palestrante a Defensora Pública Julia Luz, autora do livro "É conversando que a gente se entende", escrito com a filha de 7 anos, Carolina Luz Bitencourt

A abertura do Café foi feita pela Vice-Diretora Ana Paula Ramos, que destacou a atualidade do tema e a importância de ser abordado com os pais. Em seguida, a palestrante falou sobre a metodologia CNV, desenvolvida pelo psicólogo americano Marshall Rosenberg, e como conheceu o método. "Conheci através de amigos e achei muito interessante. Depois de pesquisar muito sobre o tema, comecei a aplicar na minha rotina pessoal e profissional e percebi logo que os conceitos me ajudavam a elucidar conflitos em casa com minha filha, por exemplo", relatou Julia.

A palestrante contou que, em meio às suas pesquisas, quis abordar o tema com a filha, para que sua prática fosse mais assertiva, mas não encontrou nenhum livro na linguagem infantil que tratasse do assunto. "Foi aí que resolvi criar uma história com minha filha para conseguir mostrar alguns princípios da CNV a ela", disse.

O livro, lançado em agosto deste ano pela Editora Outras Letras, é voltado especialmente para crianças e conta a história dos amigos Gigi (uma cadelinha), Tuco (um gato) e Lina (uma lagarta). Gigi e Tuco gostam de brincar com Lina que, de cima de uma mangueira, costuma jogar frutas para eles. Um belo dia, Lina desaparece e eles pensam que ela não quer mais brincar, só quer ser "amiga das outras lagartas sem graça", que eles avistam nos galhos da mangueira. Dias depois, eles voltam e já não veem mais a lagarta. De repente, uma linda borboleta, dizendo ser a Lina, amiga deles, aparece, querendo brincar. No começo eles estranham, acusando Lina de tê-los abandonado, até que ela explica a transformação que viveu durante o tempo em que se recolheu. E conversando, eles se entendem.Durante a palestra, a autora ainda esclareceu que começou a divulgar o livro e o tema em escolas porque considera que as famílias devem conhecer essa metodologia. "Minha ideia é lançar a semente para que as pessoas procurem mais sobre o assunto e entendam que o enfrentamento não é a melhor escolha", afirmou.

Julia ressalta que, após estudar e começar a praticar a Comunicação não Violenta, percebeu que o ser humano tem por si a característica de pré-julgar o que o outro faz ou fala, e também de querer ganhar qualquer discussão. "Rebatemos o tempo todo, por isso não conseguimos ouvir o que a outra pessoa tem a nos dizer com clareza", lembrou.

Segundo a escritora, no início é difícil pensar nos princípios da CNV e praticar, mas que é importante exercitar quatro passos: a observação, o sentimento, as necessidades e o pedido. "É interessante como que, à medida em que aplicamos estes passos, entendemos mais o lado do outro e, após um tempo, isso se torna automático e os conflitos vão deixando de existir", contou.

Julia concluiu o evento dizendo que gostaria que todos os presentes conhecessem a CNV e que analisassem se irão seguir ou não, mas que a curiosidade de ler a respeito já mudaria em algo seu ponto de vista. "A Comunicação não Violenta pode transformar a relação entre as pessoas. É fundamental. Estamos precisando, como nunca, no Brasil e no mundo todo, de mais empatia e amor. Isso vai melhorar nossa própria vida e o mundo em que vivemos", afirmou.

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