Ano letivo tem início com palestra de Eugenio Mussak

A Sociedade de Beneficência Humboldt (SBH), em parceria com as Equipes de Direção do Colégio Cruzeiro, recebeu, no dia 1 de fevereiro, a Equipe Pedagógica das duas unidades para o encontro de formação continuada e integração que marca a abertura do ano letivo 2017. Na ocasião, Eugênio Mussak, educador e especialista em comportamento e gestão de pessoas, falou sobre "O professor e o espírito do tempo".

A palestra de Mussak foi precedida por uma apresentação musical com professores do Centro e de Jacarepaguá. Ivan Martins e Monique Gonçalves cantaram músicas em Língua Portuguesa e Alemã, acompanhados de Ulisses Nogueira, no violino, Daniel Tavares, no violão, e Marcelo Saboya, no baixo.

O evento, realizado no Auditório Alexander von Humboldt, na unidade de Jacarepaguá, contou com a presença do Presidente e do Vice-Presidente da SBH, Dr. Hans Joachim Wolff e Ronald Sharp Junior; dos diretores Egon Paulo Dreyer e Marcos Schupp; e das vice-diretoras Lucimar Soares Motta e Ana Paula Ramos, das duas unidades do Colégio Cruzeiro. Também estiveram presentes as gerentes Administrativo/Financeira e de Recursos Humanos da SBH, Claudia Paiva e Adriana Sharp, respectivamente.

Eugenio Mussak, médico por formação, relembrou sua trajetória no ensino, que teve início quando, ainda jovem, lecionava para estudantes que passariam pelo antigo exame de admissão. Desde então, dedicou-se à educação muito mais que à prática médica e especializou-se em Liderança e Gestão de Pessoas, temas sobre os quais escreve para publicações como a Revista Você S.A.

"Sócrates insistia muito que educar é estimular a curiosidade, é estimular a capacidade de fazer perguntas. A isso ele chamava de ironia", afirmou Mussak. "Outra âncora educacional de Sócrates é o que ele chamava de maiêutica, que em grego significa 'a arte de dar à luz'. Como dizia ele, é da nossa natureza aprender. A finalidade do professor, portanto, seria facilitar o processo de aprendizagem", completou.

Citando um professor com o qual teve a oportunidade de trabalhar, Rubens Portugal, Mussak destacou três competências intrínsecas ao magistério: saber o conteúdo, ter didática e, o que ele considera o mais importante, ter amor pela educação. Segundo ele, o objetivo do professor é juntar, no aluno, a alma ao corpo, em uma atividade significativa e prazerosa, fazendo com que ele esteja inteiro em sala de aula, com desejo de aprender. Para fazer isso no mundo que experimentou o que ele definiu como "a mais profunda mudança de costumes", causada pela revolução tecnológica, Mussak destacou que não podemos ignorar o "espírito do tempo" ("Zeitgeist", termo cunhado pelo alemão Georg Wilhelm Friedrich Hegel), pois negá-lo seria abdicar da nossa própria essência.

"Falar sobre o espírito do tempo na atualidade é falar em mudança. Não há nada mais forte hoje do que a aceleração da velocidade da mudança e nós temos um certo desconforto com isso", ponderou Mussak. Ensinar no contexto atual é mais do que preparar para o vestibular, mas ajudar a desenvolver, segundo ele, as habilidades listadas por líderes em reunião do Fórum Econômico Mundial de 2016 como sendo as mais importantes para o futuro: relacionamento ("soft skills"), processamento de dados com empatia ("data with empathy"), reaprendizagem, adaptabilidade e espírito empreendedor.

Antes de encerrar o encontro, o educador indicou uma série de leituras para os professores: "Educação: um tesouro a descobrir", de Jacques Delors; "Metacompetência", lançado por Mussak em 2013; "O Teste do Marshmallow", de Walter Mischel; "Introdução à psicologia do ser", de Abraham H. Maslow; "Educating", de D. Bob Gowin; e os trabalhos de Maria Montessori e de Lev Vygotsky.

Ao final, o Presidente da SBH, Dr. Hans Wolff, agradeceu a Eugenio Mussak pela palestra e desejou a toda a equipe um ótimo ano de 2017: "Eu não sou professor, mas sou um apaixonado pelo ser humano. Não canso de estar aqui e espero que estejam aqui pelo mesmo motivo que eu, para entender o ser humano e fazer com que ele entenda a realidade e cresça com a gente. Não impondo as matérias, não preparando para o vestibular ou para o ENEM; preparando, sim, para a vida", declarou.

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